Úmida
Úmida
Estou oculta em minha própria origem...
meu abdome esconde uma fonte,
um abismo inigualável, profundo,
dentro de mim, te sinto
e te percebo...
- como arde este fogo que me consome –
Faço-me cálice para seu licor,
E garganta para seu absinto
vem, invade todo este desejo
e acalma essa fogueira que me arde
num surto maior que de um louco
e por pouco vem,
renda-se numa obsessão incontrolável
variável
arranhe, machuque, penetre, amasse,
toque-me, leve-me para aquele outro lugar.
Invada minhas entranhas,
arranha-me e me deite de bruços...
num surto maior que se faz
e sinta-se louco como tal
Faz de minha vida mesquinha tua parte.
E se seus dedos me procuram,
meus lábios os aquecem e meus livores se aproximam
quero senti-lo,
cada parte, incessantemente,
dentro de mim, fora de mim,
em mim
minhas partes estremecem quando sinto o calor da sua arte,
pinte meus pés, desenhe meus seios com suas mãos.
Morda-me
Arranque-me suspiros
Faça-me perder em mim
Faça-me úmida, ofegante, em gritos, em sussuros, faça-me mulher!!!
Registrado e publicado em Recanto das Letras
0 comentários:
Postar um comentário