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terça-feira, 18 de agosto de 2009

A estrada (the road taken)

Em um simples endereço início uma grande viagem. Entro por uma estrada com um milhão de possibilidades. Há portas, janelas e novas saídas, mas as entradas ainda são de clicar. Essa estrada é tão ampla quanto um mar, e eu posso ser apenas um navegante.
Estou ao alcance da nova rede, uma nova ordem, uma nova forma de pescar. Sou um entre muitos e o caminhar me fascina. Essa estrada é oblíqua e suas ondas me balançam e me jogam de um lado a outro. Cada vez que por ela ando, desenho um novo caminho. Não há mapas confiáveis para territórios inexplorados. Utilizo atalhos, mas sei que esta estrada tem várias faixas, várias bandas e em cada uma a velocidade é diferente. Assim como eu, há vários outros nessa estrada. Meu veículo é apenas mais um e os outros caminhantes ás vezes são correntes. Por ter mais recursos o carro vermelho pode pular por cima de todos. Nessa estrada tudo é volátil, até mesmo nossas identidades. O mundo exterior é uma questão de viver e nessa estrada a minha procura é por um pertencimento. Eu sou de ninguém e de lugar nenhum. Aqui no meu caminho, a informação é necessária e para não me perder. A organização segue a precisão da divisão de Vernier. Há mais números primos
disponíveis que átomos no universo, no entanto, como numa cidade todos os caminhos são interligados. O que nos diferencia são nossos endereços. Não tenho senso de orientação, mas a estrada é auto-informativa e seus sinais são as palavras. Todas mágicas. Como portais, teletransportando. As palavras mágicas são nauseantes e osteofrágeis, assim, para não ser um alienado, sigo por essa estrada e me perco onde me acho. Procuro-me e chego a
uma curva. As palavras sempre me orientam, depois a própria estrada me orientará. A estrada que desafia é a mesma que determina. No princípio era uma estrada, e a
estrada agora sou eu. Agora sou parte da estrada e ela de mim. Somos um e somos muitos. Como não sou um ludita, descobri que navegar é realmente preciso.

1 comentários:

Marcia Abreu disse...

Deu vontade de dar uma passadinha lá... quem sabe um dia.
um abração