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domingo, 7 de setembro de 2008

OS NOMES PRÓPRIOS NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: GÊNESE E SEMÂNTICA

GÊNESE E SEMÂNTICA

Nos longínquos anos de antigamente, vovó e suas comadres costumavam batizar os filhos, com os nomes de santos contidos na Folhinha Mariana. A criança era nomeada de acordo com o nome do santo do dia. Daí vieram Cosme e Damião, Mateus e Marcos, Pedro e Tiago (muito antes dos breganejos) e surgiram verdadeiras perolas como as Ana Lúcias, os Antonio Sebastiões e a interminável serie de combinações possíveis e impossíveis para Maria, os infinitos Josés (Disso e Daquilo), Joões e outros mais.

Apenas considerando os nomes dos santos e a maluca criatividade paterna e materna podemos enumerar aqui uma grande gama de nomes engraçados, feios, bonitos, ridículos, insignificantes, curtos, longos, malucos, comuns etc. Mas podemos também selecionar alguns dados que se levados em conta, ajudam a compreender um pouco mais dos nomes de pessoas a quem conhecemos. As Marias são um caso a parte, já que você conhece Maria do Rosário, Maria do Perpetuo Socorro, Maria da Anunciação, Maria da Gloria, Maria das Graças, Maria da Penha e assim infinitamente. Como era de se esperar, surgiram também uma linha de nomes próprios que combinam com determinados sobrenomes e destes não se separam jamais. Por exemplo, eu garanto que nem todo Geraldo que você conhece é Magela, mas quase todo Magela é Geraldo. Carlos Alberto, Roberto Carlos, Pedro Paulo, Lucio Mauro e assim vai indefinidamente.

Existem os nomes mistos: Mariângela, Analu, Luciana, Anamaria, Claudianderson, Neivan. Mas o que o brasileiro gosta mesmo é de misturar nomes importados com nomes mais comuns. Alguns anos atrás, num jornal de grande circulação saiu uma nota de pé de pagina na seção policial onde se lia: “João Michael foi morto a facadas na Rocinha”. Mas ainda há os casos de Marylin de Souza, Antonio Roger, Juan Florisvaldo, John Rodrigues, Lorraine Michele, Willian Sebastião de Freitas. Há ainda a mania de nomear os filhos em homenagem aos famosos: Romário de Oliveira, Frank Benevides Sinatra. Este ano constatei a incrível aparição de um jogador do Guarani de Campinas por nome de Creedence Clearwater e de outro no Vitória da Bahia chamado Alan Delon Severino Anísio, tudo isso alem de um Cannigia de Jesus Moreira (sobram ate para os eternos carrascos argentinos) sendo este meu vizinho.

Certa vez num programa de rádio foi colocada em aberto um espaço para que os ouvintes falassem a respeito dos nomes próprios, e apareceram uns mais esdrúxulos e engraçados que já soube. Os ouvintes disseram conhecer gente por nomes estranhos como, por exemplo, Agesipolis, Vasco, Rudinan Gramm, Manfredson Correlato e até uma possível, mas inacreditavel Urinícula.

Conhecemos nomes diferentes que têm origem histórica assim como Athaíde, Austregésilo, Sócrates, Dídimo e um ponto inportante que não podemos deixar de lado é que isso não é só mania de brasileiro, Dom Pedro II tinha vários nomes que penso, nem ele próprio era capaz de lembrar. Para terminar vou falar a respeito da teoria formulada por um amigo meu chamado Charly Darvin Pinto do Rego:

“Toda a criança ao nascer deveria receber um nickname, ou na pior das hipóteses um número e assim que ela chegasse a uma idade em que pudesse responder por ela mesma, ela própria escolheria um nome de acordo com sua própria vontade, afinal somos nós todos desconhecidos como pessoas e conhecidos como números, vide CPF, RG, cartão de credito etc...”.
Me pergunto ao final deste texto: porque será que meu amigo Charly Darwin desenvolveu esta teoria e preciso me apresentar: meu nome é Flávio Martins da Silva.

Nos longínquos anos de antigamente, vovó e suas comadres costumavam batizar os filhos, com os nomes de santos contidos na Folhinha Mariana. A criança era nomeada de acordo com o nome do santo do dia. Daí vieram Cosme e Damião, Mateus e Marcos, Pedro e Tiago (muito antes dos breganejos) e surgiram verdadeiras perolas como as Ana Lúcias, os Antonio Sebastiões e a interminável serie de combinações possíveis e impossíveis para Maria, os infinitos Josés (Disso e Daquilo), Joões e outros mais.

Apenas considerando os nomes dos santos e a maluca criatividade paterna e materna podemos enumerar aqui uma grande gama de nomes engraçados, feios, bonitos, ridículos, insignificantes, curtos, longos, malucos, comuns etc. Mas podemos também selecionar alguns dados que se levados em conta, ajudam a compreender um pouco mais dos nomes de pessoas a quem conhecemos. As Marias são um caso a parte, já que você conhece Maria do Rosário, Maria do Perpetuo Socorro, Maria da Anunciação, Maria da Gloria, Maria das Graças, Maria da Penha e assim infinitamente. Como era de se esperar, surgiram também uma linha de nomes próprios que combinam com determinados sobrenomes e destes não se separam jamais. Por exemplo, eu garanto que nem todo Geraldo que você conhece é Magela, mas quase todo Magela é Geraldo. Carlos Alberto, Roberto Carlos, Pedro Paulo, Lucio Mauro e assim vai indefinidamente.

Existem os nomes mistos: Mariângela, Analu, Luciana, Anamaria, Claudianderson, Neivan. Mas o que o brasileiro gosta mesmo é de misturar nomes importados com nomes mais comuns. Alguns anos atrás, num jornal de grande circulação saiu uma nota de pé de pagina na seção policial onde se lia: “João Michael foi morto a facadas na Rocinha”. Mas ainda há os casos de Marylin de Souza, Antonio Roger, Juan Florisvaldo, John Rodrigues, Lorraine Michele, Willian Sebastião de Freitas. Há ainda a mania de nomear os filhos em homenagem aos famosos: Romário de Oliveira, Frank Benevides Sinatra. Este ano constatei a incrível aparição de um jogador do Guarani de Campinas por nome de Creedence Clearwater e de outro no Vitória da Bahia chamado Alan Delon Severino Anísio, tudo isso alem de um Cannigia de Jesus Moreira (sobram ate para os eternos carrascos argentinos) sendo este meu vizinho.

Certa vez num programa de rádio foi colocada em aberto um espaço para que os ouvintes falassem a respeito dos nomes próprios, e apareceram uns mais esdrúxulos e engraçados que já soube. Os ouvintes disseram conhecer gente por nomes estranhos como, por exemplo, Agesipolis, Vasco, Rudinan Gramm, Manfredson Correlato e até uma possível, mas inacreditavel Urinícula.

Conhecemos nomes diferentes que têm origem histórica assim como Athaíde, Austregésilo, Sócrates, Dídimo e um ponto inportante que não podemos deixar de lado é que isso não é só mania de brasileiro, Dom Pedro II tinha vários nomes que penso, nem ele próprio era capaz de lembrar. Para terminar vou falar a respeito da teoria formulada por um amigo meu chamado Charly Darvin Pinto do Rego:


Toda a criança ao nascer deveria receber um nickname, ou na pior das hipóteses um número e assim que ela chegasse a uma idade em que pudesse responder por ela mesma, ela própria escolheria um nome de acordo com sua própria vontade, afinal somos nós todos desconhecidos como pessoas e conhecidos como números, vide CPF, RG, cartão de credito etc...”.

Me pergunto ao final deste texto: porque será que meu amigo Charly Darwin desenvolveu esta teoria e preciso me apresentar: meu nome é Flávio Martins da Silva.

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